12 de julho de 2016

OUVIR A PALAVRA É SÓ O COMEÇO! E AGORA?



“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha...” (Mateus 7:24)

O primeiro semestre acabou, mas os desafios lançados até aqui de crescer e edificar nossas vidas sobre a rocha continua. Será? Confesso que me bateu uma dúvida agora. Afinal quantas vezes nossos desafios não acabam junto com as programações? Uma breve retrospectiva de momentos e palavras especiais ministradas por Deus ao meu coração, me faz refletir acerca de como EU tenho me saído nesse processo de “ouvir e obedecer” a Palavra de Deus. São tantos desafios, tantas mensagens que falaram ao meu coração e creio que ao coração de muitos de vocês também. Porém entre ouvir e praticar há uma diferença que muitas vezes não é observada por nós.
Ouvimos que é tempo de reconstruir. Como estão os nossos muros? Aprendemos que devemos lutar pela nossa família. Você tem lutado pela sua? Os jovens deram um brado: Somos Divergentes! Eu pergunto: Divergentes! Como assim? Recentemente estamos ressaltando que a igreja como todo organismo vivo deve crescer. Olhando para sua vida espiritual desde janeiro, será que você cresceu? Falamos também que para crescer é preciso “comer”. Então! Você tem se alimentado do que ultimamente?
Caso as respostas apresentadas às perguntas acima sejam em sua maioria negativas, podemos diagnosticar que a igreja tem ouvido a PALAVRA, mas não tem obedecido. E se não estamos obedecendo, o que está faltando?
Estamos em julho, mais da metade do ano. Há muito tempo ouvimos a palavra do Senhor. Domingo após domingo Deus tem ministrado aos nossos corações. No entanto, uma coisa deve ficar evidente: “Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!” (Mateus 7:22-23).
Então, se queremos ser aprovados por Deus e resistir às chuvas, ventos e tempestades (Mateus 7:25), ou superar o fogo que defini que tipo de material estamos usando em nossa construção (1 Coríntios 3:13-14), devemos obedecer a palavra, certos de que o simples fato de ouvi-la não faz de nós um CRISTÃO.

Pastor Tony Zamba
PIB da Caroba - RJ

8 de abril de 2016

INSTRUI O MENINO NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR...


“Instrui o menino no caminho em que deve andar...”
(Provérbios 22:6)

       Vivemos em um contexto de caos em nossa sociedade. Alguns irão atribuir tais problemas à corrupção, outros à crise na família, há quem diga ser um problema do sistema econômico capitalista, no entanto, cada dia que passa, sou mais convencido de que sofremos por falta de educação.
       A história defende que países que passaram por uma reforma educacional ocupam hoje lugares de destaque no “ranking” mundial; a Bíblia afirma que erramos por não conhecer as escrituras (Mateus 22:19); tais argumentos, ressaltam a importância da educação na sociedade.
       Geralmente, igrejas da Convenção Batista Brasileira, dedicam-se durante todo mês de abril em tratar desse assunto, dando à Escola Bíblica Dominical uma ênfase que na verdade deveria ser observada no decorrer do ano, e não em um único mês. Considerando que estamos em abril e o foco recai sobre a educação, e reconhecendo assim como a Bíblia afirma que a maior parte dos problemas que hoje enfrentamos em nossas igrejas é resultado da falta de conhecimento das Escrituras Sagradas, gostaria de compartilhar conceitos valiosos contidos no texto de Provérbios 22:6, visando contribuir para nosso crescimento saudável.
       A expressão hebraica “hanakh” traduzida no texto como instruir, pode significar educar, ensinar, disciplinar ou dedicar, o que nos leva a reconhecer que a educação é um ato que exige dedicação, tempo. Em um mundo instantâneo onde “tempo é dinheiro” será que temos investido tempo na educação? Escolas deveriam investir mais tempo na educação dos seus alunos, pais deveriam dedicar mais tempo na educação dos seus filhos, igrejas e demais religiões deveriam preocupar-se em doutrinar seus fiéis. Minha oração é que Deus me ensine à conciliar meu tempo de modo que eu possa dedica-lo à educação nas diversas esferas da sociedade em que eu estiver inserido.
       Além de envolver dedicação, a educação é objetiva. No texto que lemos, o objetivo de Salomão consiste em um alerta para que as crianças fossem preparadas para a vida adulta “no caminho em que deve andar”, apontando para necessidade de uma educação capaz de preparar o homem para agir de forma adequada diante das diversas situações que envolvem sua jornada, ou seja, preparar para o crescimento. Em um mundo pragmático (vale o que dá certo), será que temos ensinado o que é certo? A falta de investimento na educação tem feito com que professores deixem de ser referencial moral para muitos; o hedonismo, egoísmo, relativismo e outros “ismos” que acompanham a pós-modernidade diminui cada dia mais as chances de se promover uma educação objetiva respaldada por verdades absolutas; as igrejas passam a se institucionalizar e por isso buscam estratégias de crescimento quantitativo ao invés de orientar seus indivíduos acerca de questões espirituais, piedosas e morais que compõem a base do cristianismo primitivo. Oro para que Deus preserve suas verdades no meu coração através de um processo de esclarecimento e busca de aprendizagem, vivência e ensino, pois tem muita gente querendo ensinar, mas nunca de fato dedicou-se a aprender, nem sequer viver.
       Viva a educação em seus diversos seguimentos, ou seremos mais uma geração de cegos guiando cegos.

Carinhosamente;

Pr. Tony Zamba

12 de novembro de 2015

COMO VOCÊ TEM SE APRESENTADO DIANTE DE DEUS?



       Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.(II Timóteo 2:15)

Fim de ano e geralmente as igrejas começam a se movimentar para escolher sua liderança para o próximo ano. Diversas medidas são importantes nesse momento. É claro que nosso maior desafio sempre será orar colocando nas mãos do nosso Deus tudo o que será decidido, precisamos escolher a nossa comissão de indicação, precisamos despertar o interesse de novos vocacionados dispostos a abraçar essa obra e precisamos desde já trabalhar na igreja a necessidade de “Investirmos na formação do líder cristão”.
Considerando que o Senhor não se agrada daquele que realiza a sua obra de qualquer maneira (Jeremias 48:10), devemos atentar para a palavra que o apóstolo Paulo escreve em II Timóteo 2:15 e questionarmos em relação a como temos nos apresentados diante de Deus.
Gostaria de destacar algumas lições importantes que o texto apresenta como sendo fundamentais ao líder cristão: Primeiramente todo líder deve reconhecer que está se apresentando diante de Deus, embora pareça algo simples e evidente, temos visto muitas pessoas que parecem estar se apresentando diante de homens; outra lição importante, é que enquanto líderes, não podemos servir de vergonha para o evangelho, ainda que o número de escândalos envolvendo líderes possa estar crescendo assustadoramente, temos que reconhecer a necessidade de sermos exemplo; e por fim como líderes cristãos não podemos abrir mão de uma relação íntima de conhecimento e aplicação da Palavra da Verdade, uma vez que sem essa torna-se impossível promover um crescimento saudável na igreja.
Finalmente quero ressaltar que “a seara é grande, e os trabalhadores são poucos...”, no entanto, o que você acha de apresentar-se a Deus, não colaborar para que o evangelho seja envergonhado e buscar cada vez mais conhecer e praticar a palavra do Senhor.


Carinhosamente
Pr. Tony Zamba
PIB da Caroba - RJ

2 de outubro de 2015

EPITÁFIO



     

    A palavra epitáfio significa sobre o túmulo e se refere às frases que são escritas, geralmente sobre placas de mármore usadas para homenagear aos mortos. No passado os epitáfios costumavam narrar os atos heroicos de nobres, reis ou membros proeminentes de uma corte. Eram usados também para homenagear pessoas importantes, como podemos ver sobre o túmulo de Isaac Newton onde encontramos registrado, “É uma honra para o gênero humano que tal homem tenha existido” e sobre o túmulo de Jesus Cristo que encontramos a expressão, “Ele não está aqui, Ele se levantou.
     É comum ainda o uso de frases que pessoas gostariam que fossem registradas na ocasião da morte, a exemplo da música “Epitáfio” da banda de rock Titãs que descreve uma série de atitudes de alguém que já morreu e gostaria de ter mudado – devia ter amado mais, ter chorado mais, [...] ter complicado menos, ter trabalhado menos – caso houvesse uma nova oportunidade. Depois de narrar uma série de coisas que gostaria de ter feito de forma diferente, a letra nos apresenta um refrão completamente distorcido à nossa realidade cristã, [...] o acaso vai, me proteger enquanto eu andar distraído, o acaso vai, me proteger enquanto eu andar.
     Será que devemos lançar algo tão precioso como nossas vidas nas mãos do acaso? Será que o acaso poderá nos proteger quando chegar o grande dia? Podemos contar com o acaso diante das nossas distrações? Faz sentido lamentar diante da morte mudanças que podem ser empreendidas agora, em vida?
     A palavra de Deus diz: Aquele que habita no esconderijo do altíssimo, à sombra do onipotente descansará (Salmos 91:1), ou seja, a presença de Deus em nossa vida é a nossa maior garantia de proteção. Não devemos lançar nossas vidas nas mãos do acaso.
     Por fim, quanto a expressão epitáfio, em Hebreus 9:27 diz: aos homens está ordenado a morrer uma só vez, vindo depois o juízo, sendo assim que possamos amar mais, trabalhar menos; glorificar a Deus com nossas vidas, para que em nosso epitáfio, não venhamos ter palavras de lamento por uma vida que gostaríamos de ter vivido, mas sim palavras que demonstrem que combatemos um bom combate, acabamos a carreira e guardamos a fé.

22 de junho de 2015

TOTALMENTE SUBMISSOS A DEUS!



   Quando falamos de submissão, falamos da ação de se submeter, deixar dominar passivamente, forma de submissão, servidão; e confesso que relacionar essa expressão ao homem contemporâneo é algo muito difícil. O homem não quer se submeter, a nada e a ninguém. É interessante como esse pensamento tem invadido inclusive as igrejas. Guiados por uma interpretação incorreta das escrituras, uma verdadeira “eixegese” do texto de Gênesis 1:26 – [...] Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais ­que se movem rente ao chão. – homens buscam ratificar através das Escrituras a ideia de que foram criados para dominar.
   É evidente que discordo com esse ponto de vista, e se há alguma ênfase no texto em relação ao domínio do homem, precisamos destacar que é sobre as demais criaturas de Deus, e não um domínio tirano e inconsequente como temos visto da parte de alguns, além do que, vale a pena recordar que essa é uma orientação ao homem antes da queda, ou seja, antes do pecado, quando esse ainda podia ser considerado a imagem e semelhança de Deus.
   Sendo assim gostaria de caminhar na contra mão e desafiar você a deixar o extinto dominador de lado e investir em características que façam de você um homem totalmente submisso a Deus. Poderíamos falar de muitos personagens bíblicos, líderes da igreja primitiva, ou quem sabe grandes avivalistas, diante de tantas opções, escolhemos usar como exemplo a história de Moisés. Em êxodo 7:14-24, no episódio em que as aguas do Nilo e suas afluentes se tornaram em sangue, vemos algumas características de alguém completamente submisso a Deus se manifestando na vida desse homem.
   Percebemos primeiramente a disposição de Moisés em arriscar-se em favor de outros (v. 14-18), arriscando seu conforto e esperando Faraó passar logo pela manhã; arriscando sua vida levando uma mensagem dura a Faraó; desafiando duas divindades pagãs com uma praga. Além disso, aprendo que alguém submisso a Deus, não se abate diante do caos (v. 21 e 24), o texto nos leva a entender nesses dois versículos que todos egípcios sofriam com a falta de água, cavavam em busca de água, porém não menciona preocupação por parte do povo, talvez essa seja uma demonstração clara de que quando temos a certeza de que Deus está no controle de uma determinada situação, não nos desesperamos em meio ao caos. Por fim devemos sempre lembrar que se queremos ser totalmente submissos a Deus, devemos fazer tudo conforme Deus nos ordena (v. 20), será que temos feito tudo conforme Deus nos manda fazer, ou insistimos em dar nosso jeitinho nas coisas?

   Por maior que seja o desafio de sermos submissos a Deus, que possamos superar os obstáculos, viver uma vida de submissão na esperança de que um dia iremos dizer: “Senhor valeu a pena!”.